quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Um grande homem


A 16 de Fevereiro deste ano assinalamos o 75º aniversário de Kim Jong Il (1942-2011), líder eterno da Coreia. São muitas as pessoas que o recordam em todo o mundo, a KFA Portugal não lhe é indiferente.

Um Homem Incansável

Kim Jong Il trabalhou incansavelmente durante toda a sua vida pensando que caso tirasse o tempo  necessário para recuperar da fadiga acumulada, tal iria atrasar o progresso do seu país. Trabalhava de madrugada a madrugada e tentava visitar todas as fábricas, instituições docentes e de investigação científica e as aldeias rurais até aos últimos recônditos do país. Nada valorizava mais que o tempo.

Não descansava nem no dia do seu aniversário. Houve um ano em que para se assegurar de que os habitantes de Pyongyang descansavam, não permitiu a organização de qualquer acto estatal em celebração do seu aniversário e passou o dia numa província distante a tratar de assuntos importantes.

Nunca colocou nada acima da felicidade do povo.

Quando Kim Jong Il faleceu inesperadamente, o povo coreano chorou-o com uma tristeza ainda maior ao recordar que jamais tinha tirado um dia de folga, trabalhando sempre com total entrega pelo bem-estar da população.

O Homem Que Mais Cartas Recebeu

Muitos sabem quantas cartas escreveu Lenine ao longo da sua vida, contudo não imaginam quantas cartas terá recebido Kim Jong Il.

Kim Jong Il recebeu milhares de cartas durante todos os meses da sua vida. Os coreanos, sem qualquer distinção de idade, profissão e cargo, abriam-lhe o seu coração. Confessavam-lhe os seus sonhos e desabafavam até os seus segredos mais intimos.

Kim Jong Il tinha apenas as horas da madrugada para ler essas cartas, após concluir as tarefas mais urgentes. Todos dormiam com tranquilidade enquanto ele se alegrava a ler o que pensavam e desejavam os humildes.

Lia as cartas e respondia-lhes, escrevendo-as com a sua própria mão.

Os coreanos consideram as suas cartas de resposta como o bem mais precioso, um verdadeiro tesouro familiar.

Samarra e Casaco de Forro

“Não há nada mais terrível do que a insignificância da moda”, dizia Goethe.

A contracorrente da moda mundial, Kim Jong Il, como chefe de Estado, sem se deixar restringir pela etiqueta diplomática, envergava sempre roupa cómoda e modesta, ou seja, uma samarra e um casaco de forro. 

As dúvidas do mundo quanto ao seu extraordinário gosto, aclararam-se após a sua morte e converteram-se em admiração. A samarra vestia-a com a decisão de trabalhar com abnegação para o povo em substituição de Kim Il Sung, presidente eterno da RPD da Coreia, que mesmo com avançada idade não deixava de realizar as suas visitas de trabalho; o casaco com forro utilizava-o em dias de Inverno, durante mais de 10 anos após a sua morte.

“A samarra assenta-me bem. Digam o que disserem, agrada-me o meu gosto, a minha vocação e o meu estilo”, dizia Kim Jong Il.

A samarra e o casaco de forro eram para ele as prendas mais adequadas para as suas actividades como estadista que deveria trabalhar sem descanso.

Filosofia da Neve

Há quem compare a vida de Kim Jong Il à neve. Ele, como a neve que cai silenciosamente sobre a terra quando faz frio, cobrindo-a, e que com a alteração das temperaturas derrete e beneficia a terra, abnegando a sua existência. Com o conceito da pureza e da sua consagração para o futuro, como a neve, ou seja com a filosofia da neve, Kim Jong Il consagrou tudo o que tinha tendo unicamente em vista a prosperidade do país e a felicidade do povo.

Com o intuito de transformar o país num Estado socialista centrado nas massas populares, defender fidedignamente o país e o povo da ofensiva anti-socialista das forças aliadas imperialistas e construir uma potência socialista, empenhou-se dia e noite. Chovesse ou nevasse, sem qualquer momento de descanso, realizou viagens de trabalho que cobriram mais de 669.600 quilómetros de distância, o equivalente a dar quase 17 voltas à circunferência da Terra, superando todo o tipo de dificuldades.

Kim Jong Il nasceu no acampamento secreto do monte Paektu, exposto à nevasca, tendo falecido num comboio no decorrer de uma viagem de trabalho por entre a neve.

A sua original filosofia da neve, cujo fundamento é a autoimolação, ainda hoje comove a comunidade internacional. 

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